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DIRETOR DO IMPE É EXONERADO APÓS
DESAFIAR BOLSONARO
Diretor do Inpe é demitido após
desafiar Bolsonaro
Por Congresso em Foco Em 02 ago, 2019
Ricardo Galvão foi demitido do comando
do Inpe após apresentar dados sobre o avanço do desmatamento na Amazônia.
Ricardo Galvão, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe,
comunicou para imprensa nesta sexta-feira (02) que deixa o comando do órgão
responsável pelos dados de medição de desmatamento no Brasil. A declaração
ocorreu após reunião com o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, em
Brasília.
“Meu discurso em relação ao presidente criou constrangimento, no entanto, eu
tinha uma preocupação muito grande que isso fosse respingar no Inpe, não vai
acontecer, nós discutimos em detalhe como vai ser a continuação da administração
do Inpe, agora, é claro, diante do fato da maneira que eu me manifestei com
relação ao presidente criou um constrangimento que é insustentável, então eu
serei exonerado”, afirmou Ricardo Galvão.
No dia 21 de julho, o presidente Jair Bolsonaro criticou o Inpe e declarou que
os dados sobre desmatamento fazem "campanha contra o Brasil". Em entrevista ao
jornal Estado de São Paulo, Ricardo Galvão disse que "Bolsonaro é um covarde".
Em seguida, Marcos Pontes convocou Galvão para prestar esclarecimentos sobre as
declarações dada a imprensa, por isso, a demissão já era esperada para esta
sexta-feira. O Ministério de Ciência e Tecnologia ainda não se manifestou
oficialmente sobre a reunião entre Pontes e Galvão e nem sobre a demissão do
diretor do Inpe.
<https://congressoemfoco.uol.com.br/meio-ambiente/diretor-do-inpe-e-demitido-apos-desafiar-bolsonaro/>
"Demitido por Bolsonaro, Ricardo Galvão é eleito ‘cientista do ano’
...
É necessário reagir com contundência. Fiz isso, mesmo sabendo que assim seria
exonerado do INPE — o que ocorreu. Valeu a pena, pelo objetivo de defender a
ciência perante o obscurantismo e o autoritarismo que caracterizam o círculo
próximo ao presidente — a exemplo de ministros indicados por Olavo de Carvalho,
que chega a questionar até o fato de que a Terra é redonda”, escreveu Ricardo
Galvão em um artigo publicado em VEJA, em agosto. Na ocasião, o físico descreveu
os bastidores de como procedeu ao receber os dados que indicavam o avanço na
destruição da floresta amazônica, e sobre os embates com o presidente Bolsonaro
e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O reconhecimento do seu posicionamento, por assim dizer, foi anunciado nesta
sexta-feira 13, pela revista científica Nature. O ex-presidente do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (o Inpe) Ricardo Galvão é um dos dez
especialistas escolhidos pela publicação, referência da área, para o “Nature’s
10”, premiação anual que prestigia os destaques na ciência.
<https://veja.abril.com.br/ciencia/demitido-por-bolsonaro-ricardo-galvao-e-eleito-cientista-do-ano/,
Publicado em 13 dez 2019>
Em 2020 é a vez da
coordenadora
do IMPE.
Fatos como esse e outros ocorridos durante aquele governo não devem ser
esquecidos, para que as próximas gerações aprendam e não sejam estúpidas ao
ponto de colocar no poder quem deveria estar longe dele.
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POLÍTICA
BRASILEIRA
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