A VERDADE SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS

 

Não é necessário mais do que uma leitura comparada dos relatos de Marcos, Lucas e João, para vermos que a ressurreição de Jesus foi um conto elaborado durante algumas décadas após um judeu revoltoso ser executado pelos romanos, ou tenha mesmo sido inventada por romanos criadores do mito. A inexistência da ressurreição nas promessas de Yavé na lei mosaica é mais uma prova de que tal crença foi produto do pensamento humano, e não de um ser onisciente criador de todas as coisas. E, como criação humana imediata, a ressurreição nunca ocorreu na realidade, existindo apenas no mundo imaginário, o conto da ressurreição saiu um dos mais contraditórios entre os poucos evangelhos selecionados para compor o chamado Novo Testamento.

 

A RESSURREIÇÃO SEGUNDO MARCOS

 

Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?

 

Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida; e entrando no sepulcro, viram um moço sentado à direita, vestido de alvo manto; e ficaram atemorizadas.

 

Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o nazareno, que foi crucificado; ele ressurgiu; não está aqui; eis o lugar onde o puseram” (Marcos, 16: 1-5).

 

A RESSURREIÇÃO SEGUNDO JOÃO

 

No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro, e o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.

 

Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se viu os panos de linho ali deixados, todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e que o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e creu. Porque ainda não entendiam a escritura, que era necessário que ele ressurgisse dentre os mortos.

 

Tornaram, pois, os discípulos para casa. Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus.

 

Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre” (João, 20: 1-16).

 

A RESSURREIÇÃO SEGUNDO LUCAS

 

Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor Jesus.

E, estando elas perplexas a esse respeito, eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes; e ficando elas atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu. Lembrai-vos de como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressurja.

 

Lembraram-se, então, das suas palavras; e, voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os demais. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago; também as outras que estavam com elas relataram estas coisas aos apóstolos. E pareceram-lhes como um delírio as palavras das mulheres e não lhes deram crédito.” (Lucas, 24: 1-10).

 

QUEM TERIA DITO A VERDADE?

 

Quem foi ao sepulcro? Maria Madalena sozinha? (João, 20: 1)

Ou ela e Maria mãe de Tiago (Marcos, 16: 1)? Ou elas e Joana (Lucas, 24: 10)?

 

Maria Chegou, ou Marias chegaram ao sepulcro ao levantar o sol (Marcos, 16: 1), ou

de madrugada, sendo ainda escuro (João, 20: 1).

 

Quantos anjos ela ou elas encontraram? Um (Marcos, 16: 5),

ou dois (Lucas, 24: 4)?

 

Elas foram informadas da ressurreição ao chegar ao sepulcro (Marcos, 16: 6),

ou só depois que vieram Pedro e outro discípulo (João, 20: 1-14)?

 

Jesus não estava mais no local (Lucas, 24: 6),

ou estava lá (João, 20: 14)?

 

As mulheres contaram o que viram aos onze apóstolos (Lucas, 24: 1-10) ou apenas Maria Madalena foi ao sepulcro e contou a Pedro e outro discípulo (João, 20: 1-16)?

 

Os discípulos creram na ressurreição ao ver os lençóis sem o corpo no sepulcro (João, 20: 6-a8),

ou receberam as informações das mulheres e ainda não creram (Lucas, 24: 10, 11)?

 

Se um evangelista disse a verdade, outros dois deram algumas informações falsas.

Se dois não disseram a verdade, não se pode garantir que um tenha dito.

 

E esse monte de contradições ocorreu entre apenas três dos quatro evangelhos escolhidos.

 

Agora imagine se fôssemos reunir todos os evangelhos, que são próximo de cem!

 

Não precisamos de maior evidência para entender que essa ressurreição não é mais real do que os contos sobre os deuses dos gregos, romanos, fenícios ou outros.

 

A VERDADE MAIS PROVÁVEL SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS

 

Segundo a Bíblia, os hebreus receberam a verdade divina diretamente de Yavé. Todavia, Yavé nunca lhes prometeu ressurreição antes do cativeiro babilônico. Por que isso foi assim?

 

A realidade que aflora da reunião de todos os dados existentes é que os hebreus tiveram contato com a crença na ressurreição dos mortos no cativeiro babilônico. E os persas, sob cujo domínio viveram depois, também criam na ressurreição.

 

Como os discípulos de Jesus conheciam essa crença, se ele tiver existido, eles a adotaram, passaram a crer que Jesus poderia ressuscitar e retornar com poder divino para estabelecer aquele reino que esperavam, vindo mais tarde a começar a divulgar a ressurreição como um fato.

 

Os evangelhos foram escritos mais de quarenta anos após a época apontada como da morte de Jesus, tempo em que deveria haver poucas pessoas dos que teriam tido contato com o indivíduo executado. Assim, qualquer coisa que dissessem sobre ele teria pouca chance de ser desmentida. Ademais, esses evangelhos devem ter levado muito tempo para ser bem disseminados entre os povos. Isso tornou impossível alguém provar que os prodígios e a ressurreição fossem inventos.

 

Muitos historiadores viveram nos dias de Jesus, e nada escreveram sobre ele. Entre eles, Filon de Alexandria, cujas ideias são tidas por alguns como precursoras do cristianismo. No entanto, ele não escreveu uma palavra sequer sobre Jesus. Disso só se pode deduzir que ele não conheceu um homem milagroso chamado Jesus. Agora, pense um pouco: se Jesus tivesse feito um pouquinho do que os evangelhos dizem que ele fez, aquele historiador não teria sido informado?  Nenhum escritor da época sequer soube da existência um grupo que afirmasse que seu líder executado tivesse ressuscitado.

 

O mais evidente de tudo isso é que os discípulos de Jesus, crendo na ressurreição dos mortos, passaram a pensar que ele tivesse ressuscitado ou fosse ressuscitar um dia e retornaria para estabelecer um reino, e posteriormente, muitos anos depois, alguém já começou a dizer que ele fora visto ressuscitado, e os evangelhos, cujas contradições nos provam sua inutilidade, ficaram como a verdade que os cristãos conhecem hoje; ou simplesmente tudo foi inventado pelos romanos no século II, conforme conclui Joseph Atwill.  E, se nem o nome de Jesus foi conhecido por ninguém mais na época, podemos concluir que nenhum dos líderes executados chamava Jesus, e esse nome, que significa salvador, foi inventado posteriormente, como todos os fatos da vida de Jesus contidos nos evangelhos; ou a própria pessoa seja simples fruto da ficção.

 

Observação: Se o que creem os cristãos fosse uma realidade, Yavé teria informado desde o primeiro patriarca que eles iriam ressuscitar, e não haveria nenhuma contradição nas informações bíblicas. Se essa crença só veio a existir após o cativeiro babilônico, não resta dúvida de que ela é criação babilônica ou de outro povo anterior. Ademais, o messias foi prometido para destronar a Assíria e estabelecer um reino unido de Judá e Israel; mas, isso não aconteceu, e os cristãos dizem ser o messias uma pessoa que dizem ter existido nos dias de Roma e ter sido morto pelos romanos. E ainda querem nos convencer de que a palavra bíblica é a verdade!!!.  Se as pessoas bem informadas da época não tiveram nenhuma informação sobre Jesus, isso nos indica que o que se diz sobre ele é apenas mais um mito.


 

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