PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS?


Pesquisando sobre o que se escreve sobre a "ressurreição de Jesus" vi no Google um resultado com o título "As cinco provas da ressurreição de Jesus".  Fui analisar o texto, não era o que eu estava pensando, era só discussão doutrinária religiosa que não traz prova nenhuma.

 

Como o subtítulo "AS CINCO PROVAS ADMITIDAS EM DIREITO", veio o seguinte:

 

"1- PROVA PERICIAL: Olhai as minhas mão e meus pés.
Jesus exibe as marcas recentes dos cravos que atravessaram as Suas mãos e os Seus pés. É o Laudo Necroscópico escrito na carne e, pela primeira vez na História da Humanidade, o próprio “cadáver” expõe e registra as conclusões da perícia.

2- PROVA TESTEMUNHAL: Sou eu mesmo.
Jesus nunca mentiu e jamais mentirá. Ele afirma que aquele corpo é o Dele mesmo. Não é um outro corpo emprestado, parecido ou semelhante. Não é uma teofania. Jesus não simula a Sua Ressurreição em carne, porque Ele mesmo disse: “EU SOU a Ressurreição e a Vida” (Jo 11:25).

3- PROVA MATERIAL: Apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
Jesus contesta que “ressuscitou em espírito” e apresenta o Seu próprio Corpo como prova inegável de que ressuscitou em carne e ossos. Mostrou-lhes as mãos, os pés e o lado. Exibe, inclusive, o ferimento que Lhe fizeram com a lança, depois de morto.

4- PROVA TÉCNICA: Tendes aqui alguma coisa que comer?
Jesus não precisava comer. “Comeu diante deles” para provar que não era um espírito e que o Seu Corpo tem substância. Quando os supersticiosos oferecem galinhas, farofas e pingas aos espíritos, por acaso eles comem e bebem? Claro que não! E por que não? Porque um espírito não pode comer!

5- PROVA DOCUMENTAL: Importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, nos Profetas e Salmos.

Jesus apresenta farta documentação escrita, constante nas Escrituras Sagradas, que narra toda Sua Vida e sofrimento em detalhes, bem antes de tudo acontecer. Quer só dois exemplos? Leia o Salmo 22 e Isaías 53. Provas documentais não podem ser contestadas.

<http://www.pazevida.org.br/estudos/2264-5-provas-da-ressurreicao-de-jesus.html>

 

Ocorre que nenhuma prova existe de que essas cinco coisas tenham ocorrido de fato, mas evidências de que nada disso aconteceu, vez que nenhum escritor da época conheceu esse Jesus, nem mesmo soube de um grupo que dissesse que seu líder executado tivesse ressuscitado.

 

Os evangelhos citam uma porção de textos dos profetas e salmos como sendo predição sobre Jesus, mas todos desviados do contexto; e em nenhum lugar na lei de Moisés se encontra uma previsão de substituição dos sacrifícios de animais por um sacrifício divino ou humano. Os sacrifícios de animais para expiação dos pecados teriam sido instituídos como "concerto perpétuo". 

 

O profeta Miquéias teria predito um libertador do povo judeu e israelita, mas não eram um deus sacrificado, e sim um rei que derrotaria os opressores de Israel, repatriando os israelitas e estabelecendo um reino eterno sobre todas as nações (Miquéias, 5: 2-15). O rei judeu que pretendia libertar os israelitas do poder da Assíria foi ferido e morto em combate, e não houve nenhum judeu capaz de os livrar (II Reis, 23: 29, 30, 33-36; 24: 7-14).

 

O Profeta Isaías teria predito que após a queda de Babilônia seria construída a nova Jerusalém, onde os judeus reinariam dominando sobre todas as nações (Isaías, 65: 17-25).  Babilônia foi destronada pelo império Medo-Persa, e os judeus permaneceram submissos, falhando a promessa do reino eterno mais uma vez.

 

O profeta Daniel teria prometida também que Antíoco Epífane, o assolador, seria derrotado e o santuário judeu restaurado e os reinos do mundo seriam "entregues aos santos do altíssimo", a saber, os judeus.  O santuário foi restaurado por Judas Macabeu, mas eles não puderam estabelecer o reino eterno, porque vieram os romanos e dominaram a todos, caindo pela terceira vez a promessa do reino eterno (Daniel, caps. 8 a 12). 

 

No império romano, surgiu o cristianismo dizendo que Yavé teria dado o próprio filho como sacrifício pelos pecados do mundo, e que ele filho do deus teria ressuscitado e retornaria um dia para estabelecer o reino eterno, agora sem pecado, sem sofrimento e sem morte, diferentemente do reino que deveria ser levantado nos dias de Babilônia.   Esse filho de Yavé seria Yeshua (Jesus), que teria sido crucificado e teria ressuscitado no terceiro dia, dizem um tanto contraditoriamente os quatro evangelhos.

 

A história, entretanto, não confirma nada disso.  Nenhum dos historiadores dos dias apontados nos evangelhos conheceu um homem, ou deus, chamado Yeshua, que fazia maravilhas, curando aleijados, cegos, etc. e até ressuscitando mortos.  Nem sequer ouviram falar de um grupo que dissesse que seu líder executado tivesse ressuscitado. Só várias décadas depois dos tempos indicados, alguns começaram a falar de um religiosos que adoravam um tal Cristo que teria sido crucificado e teria ressuscitado. Isso denota claramente que é uma história forjada de uma pessoa que não existiu.  Como poderia haver provas de ressurreição de uma pessoa, se não há nem prova da existência dessa pessoa que dizem ter ressuscitado?

 

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