OS MILAGRES DE JESUS

09/11/2009

 

Como se explicam os milagres de Jesus? Essa é a pergunta que soa por toda parte atualmente.  Mas em seus dias, embora os evangelhos digam que ele se tornou famoso na região por seus milagres, nenhum historiador da época tomou conhecimento sequer de algum boato sobre um homem que fizesse aleijado andar, cego enxergar e morto ressuscitar.   O que os próprios cristãos mencionam fora do evangelho já pertence ao segundo século da nossa era.  Veja o texto cristão abaixo.


"Entre as acusações mais antigas de judeus e pagãos contra Jesus está a de ser um ilusionista, um mágico. No século II, Orígenes contesta as imputações de magia que faz Celso a respeito do Mestre de Nazaré e daquelas a que se referem São Justino, Arnóbio e Lactâncio. Também, algumas tradições judáicas que remontam ao século II contêm acusações de feitiçaria. Em todos estes casos, não se afirma que ele não existiu nem que não realizou prodígios, mas que os motivos que o levaram a realizar estas coisas foram a busca de vantagens e de fama pessoais. Destas afirmações se depreende a existência histórica de Jesus e sua fama de taumaturgo, tal como mostram os evangelhos. Por isso, hoje em dia, entre as provas os dados que se apresentam como confirmadas confirmados sobre a vida de Jesus consta o fato de que realizou exorcismos e curas.

Não obstante, em relação a outras personagens da época, conhecidas por realizar prodígios, Jesus é único. Distingue-se pelo grande número de milagres que realizou e pelo sentido que lhes deu, completamente diferente dos prodígios que puderam realizar algumas dessas personagens (se é que realmente os realizaram). O número de milagres atribuídos aos outros taumaturgos é bastante reduzido, enquanto que nos evangelhos temos 19 relatos de milagres em Mt; 18 em Mc; 20em Lc e 8 em Jo; além disso, há referências nos evangelhos sinóticos e em João a muitos outros milagres que Jesus realizou (cf Mc 1,32-34; 3,7-12; 6,53-56; Jo 20,30). O sentido também é diferente de qualquer outro taumaturgo: Jesus fez milagres que implicavam comprometiam os favorecidos no reconhecimento da bondade de Deus e numa mudança de vida. Sua resistência em realizá-los demonstra que não buscava a sua própria exaltação ou fama. Daí que tenham um significado especial.

Os milagres de Jesus são compreendidos no contexto do anúncio do Reino de Deus: “Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulsos demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós” (Mt 12,28). Jesus inaugura o Reino de Deus e os milagres são uma chamada a uma adesão pessoal a Deus. Isto é fundamental e característico nos milagres que Jesus realizou. Reino e milagres são realidades inseparáveis.

Os milagres de Jesus não eram fruto de técnicas (como um médico) ou da atuação de demônios ou anjos (como um mago), mas o resultado do poder sobrenatural do Espírito de Deus.

Portanto, Jesus fez milagres para confirmar que o Reino estava presente n’Ele, anunciar a derrota definitiva de Satanás e aumentar a fé em sua Pessoa. Não podem ser explicados como prodígios assombrosos mas e sim como atuações do próprio Deus, com um significado mais profundo que o próprio feito prodigioso. Os milagres sobre a Natureza são sinais de que o poder divino que atua em Jesus se estende para muito além do mundo humano e se manifesta como poder de domínio também sobre as forças da natureza. Os milagres de cura e os exorcismos são sinais de que Jesus manifestou seu poder de salvar o homem do mal que ameaça a sua alma. Uns e outros são sinais de outras realidades espirituais: as curas do corpo – a libertação da escravidão da enfermidade – significam a cura da alma da escravidão do pecado; o poder de expulsar o demônio indica a vitória de Cristo sobre o mal; a multiplicação dos pães faz referência ao dom da Eucaristia; a tempestade acalmada é um convite para confiar em Cristo nos momentos tempestuosos e difíceis; a ressurreição de Lázaro anuncia que Cristo é a própria ressurreição e é a figura da ressurreição final, etc."

<http://blog.bibliacatolica.com.br/2006/07/10/como-se-explicam-os-milagres-de-jesus/>
 

O que disseram os historiadores dos dias de Jesus sobre os seus milagres? Nada. Nenhum historiador que viveu em Jerusalém e seus arredores, nos dias em que os evangelhos afirmam Jesus ter feito milagres, nenhum deles tomou conhecimento sequer de algum boato sobre a existência de um homem que fizesse tais coisas. 

 

Tomemos por exemplo Filon de Alexandria, um judeu que foi um dos maiores historiadores da época, tendo vivido de 25 a.C. - 50 d.C.   "Filon de Alexandria, apesar de haver contribuído muito para a construção do cristianismo, nega a existência de Cristo. Escrevendo sobre Pôncio Pilatos e sobre sua atuação como Procurador da Judéia, não faz referência alguma ao suposto julgamento de Jesus. Fala dos essênios e de sua doutrina comunal sem mencionar para nada o nome de Cristo. Quando esteve em Roma para defender os judeus, Filon fez os relatos mais diversos de acontecimentos ocorridos na Palestina, não dando nenhum dado sobre o personagem Jesus. É importante lembrar que Filon foi um dos maiores intelectuais de seu tempo, que estava muito bem informado e que jamais omitiria uma vida tão curiosa e tão trágica como a de Jesus. E o silêncio de Filón não se refere apenas a Jesus, mas também aos apóstolos, a José e a Maria." () .

 

Os evangelhos dizem sobre Jesus: "Assim a sua fama correu por toda a Síria; e trouxeram-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias doenças e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos; e ele os curou" (Mateus, 4: 24). "E logo correu a sua fama por toda a região da Galiléia" (Lucas, 1: 28). "A sua fama, porém, se divulgava cada vez mais, e grandes multidões se ajuntavam para ouvi-lo e serem curadas das suas enfermidades" (Lucas, 5: 15). Todavia, ninguém dos historiadores dos seus dias nada registrou sobre ele. Não poderia uma pessoa ficar tão famosa e ao mesmo tempo desconhecida dos historiadores da época, especialmente de Filon, que estava tão bem informado do que ocorria naquele lugar.

 

"É claro que, se houvesse alguém capaz de fazer um aleijado se tornar normal e um cego enxergar, isso não iria passar sem que ninguém percebesse como nos mostra a falta de registros anteriormente aos evangelhos. Muito menos poderiam ocorrer ressurreições sem haver um grande tumulto que chegasse ao conhecimento de muita gente. Se Filon de Alexandria viveu nos dias de Jesus e nunca escreveu uma linha falando sobre Jesus e seus feitos, bem como outros historiadores da época nada disseram, isso só nos leva à certeza de que esse feitos são lendas. Outrossim, como poderia ter ocorrido três horas de escuridão e ninguém além dos cristãos ter tomado conhecimento? Se qualquer eclipse solar, que é um fenômeno comum, era registrado, três horas de escuridão, algo incomum, iria ficar fora da história?.  
'Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) — Um dos mais famosos autores romanos sobre ética, filosofia e moral e um cientista que registrou eclipses e terremotos. As cartas que teria trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde.
Plínio, o velho (23 d.C. – 79 d.C.) — História natural. Escreveu 37 livros sobre eventos como terremotos, eclipses e tratamentos médicos' (Lee Salisbury, Jesus: o incômodo silêncio da História).
Poderia ocorrer tal evento tão excepcional e nenhum desses dois autores tomar conhecimento?   Além disso, três horas de escuridão seria um fenômeno visto em mais da metade do mundo.  E o mundo nada viu disso.  Só o grupo cristão disse ter visto." (
ORIGEM DO CRISTIANISMO).

 

O próprio texto cristão apresentado inicialmente aqui só aponta fatos do segundo século, o que corrobora a tese de que os milagres de Jesus foram criados muito tempo depois dos dias dados como de sua existência.  E o completo desconhecimento dele por parte dos autores de seus dias o denunciam como um mito.

 

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