A DIFÍCIL LUTA CONTRA O VÍCIO
Dráuzio Varella
Resistir às crises de abstinência é a
cura da dependência
dom, 09/10/11
Crise ou síndrome de abstinência é o nome dado ao conjunto de sintomas que se
instalam quando o fumante interrompe o uso da droga causadora da dependência.
Todo fumantes que tenha ficado sem cigarro por algumas horas já sentiu na pela
alguns desses sintomas:
• Ansiedade
• Inquietação
• Tristeza
• Irritabilidade
• Distúrbios do sono
• Falta de concentração
• Suores
• Dor de cabeça
• Alteração do hábito intestinal
• Tonturas
Se de um dia para o outro alguém para de
fumar, seu cérebro se ressente da falta da droga e toma providências enérgicas
para obrigá-lo a usá-la novamente. Contudo, se a recusa em fornecer nicotina aos
neurônios persiste, o cérebro começa a sofrer um longo processo de adaptação à
nova realidade, como se precisasse reaprender a funcionar de “cara limpa”, como
fazia antes de a dependência se instalar.
Quem deixa de fumar tem o direito de se considerar ex-usuário de nicotina;
ex-dependente, jamais. Em algum canto do cérebro, a serpente da dependência
está sempre à espreita do primeiro deslize. Aqueles que conseguem abster-se
por apenas três meses ou passam décadas em abstinência, quando sofrem uma
recaída voltam com rapidez ao número de cigarros diários anteriormente
consumidos. A dependência de nicotina é uma doença crônica, incurável – o
cérebro do fumante nunca mais volta ao estado original.
<http://fantastico.globo.com/platb/brasil-sem-cigarro/2011/10/09/resistir-as-crises-de-abstinencia-e-a-cura-da-dependencia/>
Entenda a relação do fumo e da bebida
alcoólica
dom, 09/10/11
A nicotina é metabolizada (decomposta) no fígado e, em pequeno grau, nos
próprios pulmões. A excreção da droga e de seus metabólitos (subprodutos
resultantes da sua degradação) é feita pelos rins. A velocidade de eliminação
pelos rins varia de acordo com a acidez ou alcalinidade da urina. Quanto mais
ácida a urina, mais rapidamente a droga é excretada.
É por esse motivo que as pessoas fumam sem parar quando tomam bebidas
alcoólicas: o álcool torna a urina mais ácida, aumentando a velocidade de
excreção da nicotina. Para manter a concentração da droga no sangue exigida
pelos neurônios dependentes, é preciso aumentar o número de cigarros consumidos.
<http://fantastico.globo.com/platb/brasil-sem-cigarro/2011/10/09/entenda-a-relacao-do-fumo-e-da-bebida-alcoolica/>
Entenda como a nicotina age no
organismo
sex, 07/10/11
A fumaça inalada a partir da queima do fumo atravessa a faringe, a laringe,
traqueia e invade os brônquios, seguindo na direção dos alvéolos pulmonares –
estruturas em forma de saco, altamente irrigadas por pequenos vasos sanguíneos –
para que as trocas de oxigênio por gás carbônico possam ser efetuadas.
Ao chegar aos alvéolos, as gotículas de nicotina entram em contato com a
infinidade de vasos sanguíneos que os irrigam, atravessam suas paredes e caem na
corrente sanguínea. Dependendo da profundidade da tragada, 70 a 90% da nicotina
presente na fumaça é absorvida nos alvéolos. Ao cair no interior dos milhares de
vasos capilares dos pulmões, a nicotina se mistura com o sangue já oxigenado,
que será levado ao coração para ser bombeado para todo o organismo.
O processo é tão rápido que a nicotina atinge o cérebro entre apenas seis e
dez segundos. Os neurônios de várias regiões do cérebro possuem, em suas
membranas, pequenas “antenas” às quais as moléculas de nicotina se ligam. Essas
“antenas” funcionam como receptores da droga e não têm número fixo: conforme a
repetição diária de tragadas aumenta, maior o número dessas “antenas”. Com
mais receptores disponíveis, a quantidade de nicotina necessária para acalmá-los
precisa ser maior.
À medida que a droga vai sendo metabolizada, isto é, decomposta, os receptores
começam a ficar vazios, e a vontade de fumar aumenta progressivamente: surge a
crise de abstinência, carregada de ansiedade e agitação, que só regride quando a
fumaça chega outra vez aos pulmões e a primeira dose de nicotina atinge o
cérebro.
<http://fantastico.globo.com/platb/brasil-sem-cigarro/2011/10/07/entenda-como-a-nicotina-age-no-organismo/>
Marcar uma data para parar de fumar é
fundamental
Marcar a data para parar de fumar não é garantia de que o compromisso será
cumprido, mas é fundamental para que o fumante atinja seu objetivo. O fumante
que reconhece a necessidade de parar, mas não está disposto a fazer essa
tentativa nos próximos 30 dias, provavelmente ainda não está preparado para
tomar a iniciativa de enfrentar a abstinência.
Alguns fumantes que fixam uma data para dar a última tragada acham conveniente
divulgá-la amplamente, esperando ajuda. Outros preferem manter o silêncio, para
evitar que um possível fracasso abale sua autoestima.
A data escolhida deve ser considerada um dia muito especial, totalmente dedicado
à tarefa de enfrentar as crises de abstinência, que se sucederão em surtos.
<http://fantastico.globo.com/platb/brasil-sem-cigarro/2011/09/30/marcar-uma-data-para-parar-de-fumar-e-fundamental/>
Fumante passa por cinco fases antes de
decidir parar
sex, 30/09/11
A tomada de decisão para largar o cigarro resulta de um processo que costuma
levar anos ou décadas para se completar. Especialistas demonstram que, do ponto
de vista didático, é possível reconhecer cinco estágios pelos quais a
maioria dos fumantes passa antes de jogar fora o maço.
A primeira é a Fase de pré-contemplação, quando os fumantes
não pensam em
mudar seu comportamento e racionalmente veem mais vantagens em fumar do que
deixar de fazê-lo. Já a Fase de contemplação acontece quando o fumante
sente no corpo alguns problemas causados pelo fumo, tenta reduzir o número de
cigarros, mas ainda não se convenceu completamente de que vale a pena ficar
livre da dependência.
Na Fase de preparação, o fumante já sabe que o cigarro é seu inimigo,
pensa seriamente em largar, mas ainda lhe falta coragem para adotar medidas
radicais. É na Fase da ação que finalmente o fumante se confronta com sua
condição de dependente e toma a decisão de parar. Muitos dos que estão nesta
fase chegam a marcar data para fumar o último cigarro. Mas a etapa mais difícil
é mesmo a Fase de manutenção, porque muitos hábitos associados ao fumo
precisam ser modificados.
Agora, se houver recaídas, não há problema. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que os fumantes fazem, em média, três ou quatro tentativas antes de
conseguir parar de fumar definitivamente.
<http://fantastico.globo.com/platb/brasil-sem-cigarro/2011/09/30/fumante-passa-por-cinco-fases-antes-de-decidir-parar/>
Está aí uma das razões por que se deve
proibir as propagandas que levam os adolescentes a achar que fumar é importante.
Pois, quando chegam a perceber a tolice cometida, já estão na situação mostrada
acima.
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TABACO