IMPACTO DO TRÁFICO DE DROGAS NO MEIO
AMBIENTE
Relatório da ONU mostra o impacto do tráfico de drogas no meio ambiente
A
bacia do Amazonas recebeu uma atenção especial do relatório das Nações Unidas
sobre o uso de drogas em todo mundo. Segundo o documento,
os traficantes estão ampliando as atividades criminosas, extraindo madeira
ilegalmente e ocupando terras de forma irregular.
Por Jornal Nacional
26/06/2023 20h54
Bacia Amazônica recebe atenção especial do relatório da ONU sobre o uso de
drogas
A bacia do Amazonas recebeu uma atenção especial do relatório das Nações Unidas
sobre o uso de drogas em todo mundo. Segundo o documento, o tráfico aumenta a
destruição do meio ambiente e das cidades.
O problema que afeta o mundo também pode ser visto facilmente nas ruas das
cidades brasileiras. O último relatório do Escritório das Nações Unidas sobre
Drogas e Crimes estima que cerca de 296 milhões de pessoas
no planeta usaram drogas em 2021 - um aumento de 23% em relação há dez
anos. E o número de usuários com transtornos
associados a esse consumo passou de 39 milhões - um aumento de 45%.
Esse relatório sobre drogas, divulgado pela ONU, chama a atenção para o fato de
que as redes do tráfico estão cada vez mais ágeis, impulsionando as
desigualdades sociais e econômicas. A violação dos direitos humanos e a
degradação ambiental também estão diretamente associadas à expansão do mercado
de drogas ilícitas.
O levantamento apresenta um capítulo específico para a situação da bacia
amazônica. Destaca que o cultivo de drogas, o tráfico e os
crimes que afetam o meio ambiente estão aumentando em toda região. Os
traficantes, de acordo com estudo da ONU, estão ampliando as atividades
criminosas, extraindo madeira ilegalmente e ocupando terras de forma irregular.
Para o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, é preciso de um
esforço coletivo para frear o aumento da rede do tráfico.
“A prevenção é uma grande arma nesse sentido de você reduzir o consumo
prejudicial de drogas e o que isso acarreta tanto aí na questão da Amazônia como
no mundo todo. A dificuldade reside, realmente, em como implementar e ter
recursos para que isso seja feito da melhor maneira possível”, explica Gabriel
Andreuccetti, estatístico de dados do UNODC.