HAJJ - PEREGRINAÇÃO A MECA
O Hajj é uma peregrinação que todo muçulmano deve fazer pelo menos uma vez na
vida, mas também tem certo risco para a vida.
"Passo-a-passo: Saiba mais sobre a peregrinação a Meca
A Kaaba de Meca, local sagrado para os muçulmanos
Mais de 300 pessoas morreram em tumulto neste ano [2006]
O Hajj, considerado um dos pilares do Islamismo, é uma peregrinação a locais
sagrados que todo muçulmano adulto deve fazer pelo menos uma vez em sua vida, se
tiver condições físicas e econômicas.
A cada ano cerca de 2 milhões de muçulmanos vão para Meca – o lugar mais sagrado
do Islamismo – para participar do ritual que combina crença e paixão durante
cinco dias.
Muitos muçulmanos poupam dinheiro durante anos para conseguir fazer a
peregrinação. Eles, geralmente, viajam milhares de quilômetros.
Ao chegar no local, eles enfrentam uma vasta multidão e o forte calor do
deserto.
Anfitrião
Para o país anfitrião, a Arábia Saudita, o evento tem uma importância especial.
As autoridades sauditas estão cientes da sua responsabilidade como guardiãs dos
lugares sagrados do Islamismo.
Mas o grande número de peregrinos representa um sério problema.
Em anos recentes, centenas de pessoas morreram como resultado de manifestações,
fogos, tumulto ou apenas insolação e exaustão.
As autoridades sauditas implementaram um sistema de quotas para tentar diminuir
o número de peregrinos. Elas também tentaram, sem sucesso, manter os políticos
afastados do Hajj.
Em 1987, centenas de peregrinos foram mortos em confrontos entre as forças de
segurança da Arábia Saudita e manifestantes liderados por iranianos.
Passo a passo
Para acompanhar os rituais, o peregrino precisa entrar no estado de Ihram – um
estado especial de pureza.
Ele o faz por meio de uma declaração de intenção de realizar o Hajj, vestindo
roupas brancas especiais (que também são chamadas de Ihram) e obedecendo certas
regras.
Durante o Hajj, os peregrinos são proibidos de:
manter relações sexuais
fazer a barba e cortas as unhas
usar perfume ou óleos perfumados
matar ou caçar qualquer coisa
lutar ou discutir
mulheres não podem cobrir os seus rostos, mesmo que tenham que fazê-lo nos seus
países de origem
homens não podem vestir roupas com costura.
Ao chegar em Meca, o peregrino entra na Grande Mesquita e circunda sete vezes,
no sentido anti-horário, o Kaaba (uma construção em formato de cubo localizada
no meio da mesquita). Esse ritual é conhecido como Tawaf.
O peregrino também corre sete vezes uma passagem da Grande Mesquita, comemorando
a busca por água feita por Hajar, esposa do profeta Abraão.
Leia quais são os diferentes estágios do Hajj:
Dia 1
Peregrinos viajam para Mina em 8 Dhul Hijjah (uma data no calendário islâmico) e
permanecem lá até o amanhecer do outro dia.
Dia 2
Peregrinos viajam para o vale do Arafat e ficam de pé ao ar livre rezando por
Alá e meditando.
No final do dia, peregrinos viajam para Muzdalifa, onde eles passam a noite.
Eles coletam pedras para o próximo dia.
Dia 3
De manhã, os peregrinos retornam para Mina e jogam sete pedras em pilares
chamados de Jamaraat, que representam o demônio. Os pilares estão em três locais
onde se acredita, pela religião muçulmana, que o Satã aliciou o profeta Abraão.
Os peregrinos sacrificam animais, geralmente ovelhas ou cabras. Isso celebra o
incidente relacionado ao Velho Testamento em que o profeta Abraão estava prestes
a sacrificar seu filho e Deus aceitou, ao invés dele, uma ovelha.
Hoje em dia, muitos peregrinos pagam alguém para sacrificar o animal por eles.
Nesse dia, os peregrinos também raspam suas cabeças ou cortam parte do cabelo,
retornando à Grande Mesquita, em Meca, para mais um ritual de Tawaf.
Eles voltam para Mina, onde passam a noite.
Dias 4 e 5
Peregrinos ficam em Mina, atirando pedras contra os pilares. Se um peregrino não
conseguir voltar a Meca para circundar o Kaaba, ele ou ela o fazem durante o
quarto ou quinto dia do Hajj.
Desastres no Hajj
1987: 400 morrem em confronto entre polícia saudita e manifestantes
1990: 1426 peregrinos morrem em túnel no caminho para locais sagrados
1994: 270 morrem em tumulto
1997: 343 peregrinos morrem e 1500 são feridos em fogo
1998: pelos menos 118 pessoas são pisoteadas até a morte
2001: 35 morrem em tumulto
2003: 14 morrem esmagadas pela multidão
2004: 251 morrem pisoteadas
<https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2006/01/060112_descricaohajjas.shtml>
A fé é tão poderosa, que torna as pessoas algo que nem se pode comparar com uma
manada de animais selvagens. Nem eles matam assim a própria espécie.
O curioso é que eles têm tanta fé, a ponto de se matarem em obediência ao
Alcorão, mas nunca acreditam na proteção de Allah
na hora que imaginam ter um muçulmano dissidente que pode matá-los. Cada
um tenta se livrar e muitos morrer no tumulto.
A Surata 45: 11 diz: "porque
Deus é o protetor dos fiéis, e os incrédulos jamais terão protetor algum".
Mas os fatos dizem: eles também não têm protetor algum;
e até parece perceberem que não têm, quando fogem desesperados ao primeiro sinal
de um muçulmano de grupo inimigo entre eles.
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