O primeiro contato com o tabaco é sempre
desagradável. Mas a adaptação é rápida, e abandoná-lo é dificílimo. E os
resultados são piores do que você imagina.
Eis as duas formas básicas de você se viciar:
1. Embora, seja difícil suportar o mal-estar que o fumo lhe causa,
você se
esforça para aprender a fumar, para ser como os seus amigos que fumam. No
começo, é difícil, mas rapidamente aquela coisa repugnante se torna tolerável,
depois agradável e, mais adiante, indispensável.
2. Você talvez não se disponha ao sacrifício de aprender a fumar para se tornar
como seus colegas, mas suporta respirar o ar fétido contaminado de tabaco, para
ficar junto de seus amigos que fumam. Em pouco tempo, a fumaça passa a ser bem
tolerada e depois você passa gostar dela. A essa altura dos acontecimentos, você
já é um fumante. Só falta pôr o cigarro na boca, o que já não será nenhum
sacrifício.
Há uma terceira forma, que também faz muitas vítimas. Muitas pessoas, não
obstante detestem a fumaça do tabaco, são compelidas por alguma circunstância a
permanecer juntos dos fumantes. Por longo tempo, sofrem grande incômodo com
aquele mau cheiro, mas vão, gradativamente, desenvolvendo tolerância e chegam a
perder a natural aversão à droga e se entregar ao vício.
Quando você já não acha o tabaco desagradável, isso significa que seu cérebro já
está ficando dependente da nicotina, a droga contida no tabaco. Aí a ação
nicotínica começa.
Quando lhe falta a nicotina, você sente ansiedade, depressão, irritação, e
outras sensações horríveis. Esses sintomas, que a própria nicotina causou, só
desaparecem quando você recebe nova dose dela. Aí você já está dependente.
Deixar o tabaco já será um sacrifício tão grande ou maior do que terá sido você
começar a usá-lo.
É por essa razão, além
do que você já sofre os malefícios do fumo simplesmente de respirar no ambiente
onde há fumante, que a Lei 9.294/96 proíbe
fumar no ambiente de trabalho e outros ambientes coletivos.
O mais grave é que, à medida que você se mergulha no vício,
cada vez você
precisa de uma dose um pouco maior de nicotina para curar aquelas sensações
ruins que ela mesma causou. E a outra agravante é que a nicotina não é absorvida
pura, mas junto com ela você ingere mais de quatro mil venenos, que não lhe
trazem nenhum prazer, mas contribuem para deteriorar o seu corpo e torná-lo mais
vulnerável a vírus e bactérias, propiciando uma enorme quantidade de doenças. E,
quanto mais você fuma, mais necessidade você terá de fumar, até que seu
organismo não suporte, e sua vida chega ao fim bem antes do que chegaria se você
nunca tivesse fumado. E, durante o seu período de vício, você terá muitos
sofrimentos que não teria se nunca se tivesse viciado. Você perde muito em
quantidade e qualidade de vida. Ademais, você se torna uma pessoa repulsiva para
a maioria das pessoas, porque aquele odor tabágico, que você nem percebe, é
extremante desagradável para os que não são viciados.
O que torna o tabagismo a droga das drogas é que ele não prejudica somente os
viciados, mas atinge a todas as pessoas que respirarem o ar do local onde alguém
estiver fumando. Uma pessoa poderá sofrer uma doença grave sem nunca ter posto
um cigarro na boca, bastando para isso ficar por muito tempo no ambiente dos
fumantes. Essa é a razão de os legisladores estabelecerem tantas restrições ao
vício. As pessoas têm direito de se prejudicar, não de prejudicar aos outros.
A decisão mais inteligente é ficar distante o quanto possível dos fumantes.
Assim, você evita um grande número de problemas. Se você já começou a fumar,
quanto mais rápido você parar, menos você irá sofrer para se livrar do vício,
assim como menor será o estrago no seu organismo.
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SAIBA POR QUE COMBATEMOS TANTO O
TABAGISMO