FUMANTES TÊM SEIS VEZES MAIS INFECÇÕES CIRÚRGICAS
Parar de fumar
antes de uma cirurgia diminui o risco de infecções
26/08/08 - 09h56 - Atualizado em
26/08/08 - 09h56
Cientistas
compararam fumantes e não-fumantes.
Infecção foi seis vezes mais comum entre quem fumava.
Luís Fernando Correia Especial para o G1
Luis Fernando Correia é médico e
apresentador do "Saúde em Foco", da CBN
Os pacientes fumantes que deixam o cigarro pelo menos um mês antes da cirurgia
têm menos complicações infecciosas com a ferida operatória.
Pesquisadores dinamarqueses avaliaram o impacto da cessação do hábito de fumar
em pacientes cirúrgicos, comparando-os com indivíduos não fumantes. Foram 78
voluntários saudáveis, fumantes e não-fumantes submetidos a cortes cirúrgicos na
pele e acompanhados para avaliação da evolução da ferida operatória.
Os fumantes foram divididos em três grupos: um deles parou de fumar 20 dias
antes do procedimento, metade dos que pararam de fumar utilizou adesivos de
nicotina. O terceiro time dos fumantes manteve seu ritmo habitual de tabagismo.
Um grupo controle de não-fumantes também foi recrutado.
As incisões cirúrgicas foram realizadas periodicamente 4, 8 e 12 semanas após o
início do estudo. No total foram mais de 220 feridas cirúrgicas acompanhadas por
2 semanas após o procedimento.
A infecção da ferida operatória foi 6 vezes maior nos fumantes quando
comparados aos não-fumantes. A boa notícia é de que os fumantes que se
afastaram do cigarro com ou sem o uso do adesivo de nicotina tiveram índices
mais baixos de infecção da ferida.