24 de dezembro é o "Dia Universal do
Perdão". Mas é bem estranha a doutrina cristã do perdão.
"O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de
ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de uma
ofensa percebida, diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de
castigo ou restituição.
O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa
que perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa
perdoada. É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e
pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode
perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê há muito tempo). Em outros
casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou
restituição, ou mesmo um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por
acreditar que ele é capaz de perdoar.
O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração, é
sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições
humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão
se reconhece pelos atos e não pelas palavras.
Existem religiões que incluem disciplinas sobre a natureza do perdão, e muitas
destas disciplinas fornecem uma base subjacente para as várias teorias modernas
e práticas de perdão.
Exemplo de ensino do perdão está na "parábola do Filho Pródigo" (Lucas
15:11–32).
Normalmente as doutrinas de cunho religioso trabalham o perdão sob duas óticas
diferentes, que são:
* Uma ênfase maior na necessidade das faltas dos seres humanos serem perdoadas
por Deus;
* Uma ênfase maior na necessidade dos seres humanos praticarem o perdão entre
si, como pré-requisito para o aprimoramento espiritual.
(Wikipédia).
A lenda do pecado original nos mostra que,
para o deus criador dos hebreus, não havia perdão. A mulher pecou e levou
o homem ao pecado, ambos foram condenados, e toda a sua descendência para
sempre. Igualmente a cobra, que na época falava como humanos, foi
condenada a arrastar-se sobre o ventre e comer pó, bem como toda sua
descendência.
Posteriormente, aparecem alguns episódios em
que o deus onipotente perdoa os pecados de Israel.
No Cristianismo, já surgiu a idéia de perdão
bem mais simples. Basta crer em Jesus. Se, porém, não crer, o
indivíduo está condenado a se queimar eternamente.
Quem cresce seria perdoado, mas quem
não cresse seria destinado ao suplício eterno no dia do juízo divino. Mas
o Cristianismo Romano, ao adquirir o poder político,
já não esperava mais pela condenação divina; punha o
incrédulo vivo na fogueira. Aquele que voltasse atrás, concordando com
tudo que a Igreja exigisse, se livrava de morrer queimado, ficando, porém em
alguns casos,
vigiado e proibido de muitas coisa; mas muitos, mesmo confessado arrependimento,
não tinham perdão, só se livravam de morrer no fogo, mas morria por algum outro meio torturante. Quanto à crença, o Cristianismo
continua com o 'tudo ou nada', sem meio termo: ou perdão completo, ou condenação
eterna.