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DIA DO CABOCLO
Comemorado no Brasil em
24 de junho, três dias antes do Dia do Mestiço. O caboclo, caboco ou mameluco,
vem da miscigenação de indígenas com brancos.
A miscigenação é o resultado da
mistura de grupos etnorraciais diferentes. Os brasileiros passaram por essa
mestiçagem desde a época da colonização - vide Caramuru. Estudos genéticos
indicam que a maior parte da população brasileira descende de índios e brancos,
embora nem todos se assumam como mestiços ou saibam de sua origem nativa. Como
os colonizadores europeus geralmente vinham para o Brasil sozinhos, uniram-se às
aborígines. A busca por mulheres nativas era tão comum, que o fundador da cidade
de Santarém (PA), um padre chamado João Felipe Betendorf, confinava as índias
solteiras em uma espécie de curral, por um período de tempo, sob pretexto
religioso, mas o real motivo era protegê-las do colonizador branco. Mulheres
indígenas, porém, freqüentemente uniam-se aos brancos espontaneamente, ou
oferecidas por líderes indígenas (prática conhecida como cunhadismo). Ao longo
do século XVIII, o homem branco europeu também percorreu a região sul e
encontrou muitas tribos indígenas em seu caminho. A miscigenação de brancos e
índios foi inevitável. A tradição agrícola e extrativista dos indígenas foi
legada ao caboclo, que manteve o mesmo apego à terra de seus antepassados e que
na Amazônia forma a maioria da população parda e ribeirinha.
A maioria dos
brasileiros descende de nativos e/ou africanos, além de europeus, fato que
dificultou prática de racismo no país e criou na população uma visão positiva da
mestiçagem. O deputado Athie Coury, do MDB (SP), propôs esta data em âmbito
nacional em 1967. Em 2007, após aprovação e sanção do projeto de lei do deputado
Luiz Castro, do PPS (AM), que atendia demanda popular e de organizações do
movimento mestiço, entre eles o Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, o Dia do
Caboclo passou a fazer parte do calendário oficial do Estado do Amazonas.
(Wikipédia).
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