CIGARRO E MAL DE ALZHEIMER
Fumar entre os 50 e 60 anos dobra o risco de Alzheimer
Cigarro prejudica a circulação no cérebro, o que favorece o aparecimento de
demências
Fumar entre os 50 e 60 anos dobra o risco de Alzheimer e outros tipos de
demência na terceira idade, diz pesquisa americana. O estudo analisou dados de
21.123 pessoas entre 1978 e 2008.
Em duas décadas, 5.367 pessoas (25,4%) desenvolveram alguma forma de demência.
Um quinto dos casos era de Alzheimer.
Segundo os autores do trabalho, em comparação com os não fumantes,
aqueles que
consumiam mais de dois maços de cigarro por dia tiveram mais que o dobro de
chance de ter demência e Alzheimer.
O estudo foi publicado ontem na revista "Archives of Internal Medicine".
Alzheimer é um tipo de demência que atinge mais de 26 milhões de pessoas no
mundo e causa perda gradual da memória e da capacidade de raciocinar.
De acordo com a neurologista Sonia Brucki, membro da Academia Brasileira de
Neurologia, vários estudos já citaram o tabagismo como fator de risco para o
desenvolvimento tanto de Alzheimer quanto de outras formas de demência.
"O cigarro aumenta a probabilidade de doenças vasculares e piora a circulação
cerebral", diz. Esse prejuízo na circulação sanguínea pode acelerar o
desenvolvimento de doenças degenerativas cerebrais em quem já tem algum problema
do tipo.
Segundo a médica, o risco não seria apenas para quem fuma mais de dois maços por
dia, como diz a pesquisa. "Consideramos que dois cigarros por dia já podem
desencadear os problemas."
Somado a outros fatores - como obesidade e sedentarismo - o fumo pode ser
determinante. "O Alzheimer é mais comum em mulheres. Podemos considerar que
mulheres fumantes têm um risco ainda maior."
Fonte : Gazeta do Povo