Vacina contra Covid da chinesa
CanSino Biologics é segura e induz
resposta imune, apontam testes
preliminares
Resultados foram identificados na fase
2, com mais de 500 pessoas. Estudos da
fase 3, última etapa das pesquisas,
estão em andamento. Além desta produzida
pela CanSino Biologics, há uma
feita pela Sinovac, que será
testada no Brasil, e outras duas
desenvolvidas pela estatal China
National Biotec.
Por G1
20/07/2020 10h46 Atualizado há 13
minutos
Pesquisadores anunciaram, nesta
segunda-feira (20), que a vacina contra
a Covid-19 da chinesa CanSino Biologics
é segura e induz resposta imune, apontam
testes preliminares feitos na cidade de
Wuhan, epicentro inicial da pandemia do
coronavírus. Os resultados foram
publicados na revista científica The
Lancet.
A pesquisa se refere à fase 2 de estudos
da chinesa CanSino Biologics
A fase 2 envolveu testes em 500 pessoas
em Wuhan
O objetivo principal do estudo foi
avaliar a resposta imune e a segurança
para determinar a dose mais adequada
para a fase 3, última dos testes
Os voluntários que desenvolveram
resposta imune ainda não foram expostos
ao vírus Sars-Cov-2, o novo
coronavírus, para checar se a imunidade
previne contra a Covid-19
Estudos da fase 3 já estão em andamento.
Cientistas chineses chegaram à fase
clínica de testes – ensaios em humanos –
em outras vacinas. Além desta produzida
pela CanSino Biologics em colaboração
com militares, há uma feita pela
Sinovac, que será testada no Brasil, e
outras duas desenvolvidas pela estatal
China National Biotec.
Os autores deste estudo afirmam que é
importante ressaltar que nenhum
participante foi exposto ao vírus
Sars-CoV-2 após a vacinação, portanto,
não é possível determinar se essa
candidata à vacina protege efetivamente
contra a infecção por coronavírus no
ambiente.
"O estudo de fase 2 acrescenta mais
evidências de segurança e
imunogenicidade em uma população maior
do que o estudo de fase 1. Este é um
passo importante na avaliação desta
vacina experimental em estágio inicial.
Os estudos de fase 3 estão em
andamento”, afirma Feng-Cai Zhu,
Centro Provincial de Controle e
Prevenção de Doenças da China.
Os estudos da fase 3 são necessários
para confirmar se a vacina protege
efetivamente contra a infecção por
Sars-CoV-2 em um grupo mais amplo da
população.
De acordo com os pesquisadores, a
vacina usou um vírus enfraquecido do
resfriado humano (adenovírus). Ele
entrou no organismo dos voluntários para
"entregar" o material genético que
codifica a proteína do Sars-CoV-2 e,
assim, estimular a criação de
anticorpos. Esses anticorpos combatem o
coronavírus.
O estudo constatou que
95% (241/253) dos participantes no grupo
que recebeu doses altas e 91% (118/129)
dos integrantes do grupo de doses baixas
apresentaram respostas imunes às células
T ou aos anticorpos no 28° dia após a
vacinação.
Os autores observam que o aumento da
idade podem dificultar parcialmente as
respostas imunes específicas à
vacinação, particularmente as respostas
de anticorpos.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que
a Universidade de Oxford, no Reino
Unido, divulgou que a vacina testada
pela instituição também teve resultados
preliminares seguros e induziu resposta
imune.
<https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2020/07/20/vacina-chinesa-para-covid-19-e-segura-e-induz-resposta-imune-anunciam-cientistas.ghtml>